É como se existissem duas pessoas dividindo o mesmo corpo, o meu corpo.
Enquanto uma é determinada, sonhadora, cheia de esperanças, que vê sempre o copo meio cheio, que corre atrás de seus objetivos e luta incansavelmente por tudo aquilo que acredita e ama. A outra já não tem mais forças para lutar, não consegue ver saída, se sente desamparada - não que não existam pessoas que a amem, mas simplesmente não acha justo sobrecarregar alguém com seu eu estragado-, sonha com o amor, mas não acredita que mereça, então aceitas pequenas migalhas deixadas no caminho.
É uma luta constante entre essas duas pessoas. Quando uma delas ganhas, as vezes leva dias para outra batalha acontecer, mas com frequência essas lutas levam apenas minutos, as vezes até segundos. Na mesma rapidez com que uma assume o controle, a outra vem e resiste, derrotando a oposta. E nem sempre a vencedora é a positiva , não tem sido pelo menos.
É uma batalha perdida lutar contra elas, para que uma versão saudável possa existir. Não parece existir um meio termo. É um túnel sem a luz no final. É esse o preço que se paga por ser intensa demais, sentir demais. Se há felicidade, é uma felicidade extrema, se há tristeza, é uma tristeza que sufoca. Como viver e não apenas sobreviver assim? Ainda não encontrei a resposta.
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